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quarta-feira, janeiro 03, 2007

CLOSER - PERTO DEMAIS

CINE

Da direção de Mike Nichols (2004, Closer), é um drama MUITO BOM sobre amor, desejo e traição.
O elenco envolve basicamente quatro pessoas - Um jornalista e escritor frustrado (Jude Law), uma stripper (Natalie Portman), uma renomada fotógrafa (Julia Roberts) e um dermatologista (Clive Owen) - num meio intervalo de tempo em que seus caminhos são cruzados.
O roteiro não trata de nada de muito mais além do que amor, desejo e traição. Mas também nem precisa de mais do que isso. O filme é tão preciso e tão ousado em retratar os controversos sentimentos humanos, que dispensaria qualquer outro tipo de recurso ou artefato alegórico que chamasse a atenção.
Um aspecto, sutil e recorrente, mas que chama a atenção neste enredo, é sobre a instabilidade e a indefinição dos sentimentos humanos, quando se trata de amor. Nichols parece, sabiamente, deixar claro que, quando se trata de desejos, nada é de todo definitivo. E nem conclusivo.

O SEGREDO DE BEETHOVEN

CINE
De Agnieszka Holland, e concluído em 2006 (Copying Beethoven, no título original), parece mais uma obra cine-músico-biográfica (o neologismo é meu) que, não fosse tamanho o brilho de Amadeus (Millos Forman, 1984), poderia até ter um valor a mais. O elenco inclui Ed Harris e Diane Kruger.

Pra ser bem honesto, eu achei o filme uma porcaria. É minha opinião. E quem quiser assistir, assim sugiro que faça pela necessidade da crítica. De repente pode ter uma opinião contrária. Ele até tem algumas coisinhas bonitinhas, mas força a barra, e cai quase sempre em senso comum.

O filme conta uma suposta parte da história de Ludwig Van Beethoven, nos momentos em que ele finalizara a nona, compondo o movimento coral. Ele mostra um Beethoven excêntrico e agressivo, que tivera de conviver com uma jovem e bela copista de 23 anos de idade - cujo real objetivo em se aproximar do maestro era o de se tornar uma grande compositora, sabe-se lá porquê!

No meu entender, o filme também peca em alguns detalhes, como desde a má interpretação de um regente surdo que é guiado por uma assistente, passando por uma surdez mal construída, até chegar a apelos emocionais desnecessários e fora de contexto. Também faz montagens e mutilações com a mais longa e mais conhecida obra prima do compositor marco do romantismo.

Copying Beethoven também deixa escapolir detalhes importantes, tais como "como poderia uma bela menina copiar toda a nona de beethoven, com seus 62 minutos de complexidade, para mais de duzentos músicos, em meros quatro dias".

O ILUSIONISTA

CINE

De direção e roteiro de Neil Burger em 2006 (The Illusionist, no título original), é um filme sensacional, envolvendo Edward Norton, Paul Giamatti, Rufus Sewell e Jessica Biel. O filme é bom não só pela estória, mas pelas soberbas e bem pinceladas cenas de ilusionismo que traz.
Conta a história de um ilusionista chamado Euseheim (Edward Norton) que reencontra, na Vienna do século XIX, um antigo amor (Jessica Biel). Ele passa então a usar de seus "poderes" com o intuito de reestabelecer o seu improvável laço afetivo. O roteiro é muito bem bolado, embora dedutível antes dos momentos finais. Mas não chega a estragar o filme.
O filme traz um pouquinho de mensagens sobre política, sobre liderança, simpatia e manipulação. E muita, mas muita ilusão. Não só nos palcos, como também nos fatos narrados.