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domingo, setembro 24, 2006

CRASH - NO LIMITE

CINE
Crash é uma produção de Paul Haggis, publicada em 2004. O filme trata basicamente de duas coisas: discriminação étnica e racial, e preconceito. Segundo a sinopse, a idéia de Haggis é mostrar uma atual conjuntura de intolerância acometida na sociedade norte-americana, intensificada em conseqüência dos conflitos do 11 de setembro.
A estória transcorrida não segue a linha convencional, e por isso não envolve um personagem principal. Envolve um conjunto de estórias de pessoas e famílias diferentes que eventualmente se cruzam. E, recheando os atos destes personagens, está sempre a intolerância.
Por um lado, o filme retrata algumas facetas do racismo que costumam ficar implícitas nas diferentes posições da sociedade, e o abuso de poderes neste sentido por algumas destas pessoas. Por outro lado, ele procura mostrar o quanto de preconceito e discriminações estas posições são capazes de abrigar, e o quanto esta sociedade paga com isso.
Um detalhe importante é que este é o primeiro filme que assisti, até hoje, sem uma única palavra em português, nem em diálogo e nem na legenda. O objetivo disto foi tentar ir migrando de idioma, pouco a pouco, a num futuro conseguir assistir a filmes de língua inglesa sem nenhuma legenda.
O resultado desta artimanha – manter tanto o idioma quanto a legenda em inglês – totalmente ao contrário do que eu imaginava, foi muito bom. Além de, em poucas vezes se precisar apelar para o “volta-e-repete”, e ainda assim conseguir entender suficientemente bem os diálogos, estes últimos começaram – pela primeira vez num filme internacional – a aparecer de fato na cena, vívidos, de uma maneira quase tão clara quanto de um filme nacional.
O preço pago para focar, ler e entender uma legenda em português – concluo – é ter que abnegar o diálogo original em som. Até porque, se você é um ser humano normal, na velocidade de um filme comum, ou você presta atenção no diálogo do som, em inglês, ou você presta atenção na legenda.
Pois bem. Se for ligar o subtitle, só não recomendo a tentar fazer traduções em tempo real. É melhor pensar em inglês, mesmo.
Frase: “Você acha que realmente se conhece?”.

1 Puedes hablar:

Anonymous Anônimo said...

Eu já assisti alguns filmes e seriados com a legenda em inglês. Bom, foi legal, mas eu ainda gosto de ver as barbeiragens que se cometem nas traduções.

Com relação ao preconceito, bem, pode não ter mto a ver com o post, essa semana eu assisti a um episódio de Law & Order - SVU, onde eles investigavam um crime possivelmente cometido por um dos N grupos neonazistas que existem nos EUA.

Revoltante achar que ainda tem gente que apóia as idéias de Hitler, de uma população ariana e pura? Sim, é revoltante, mas ainda existe. E eles têm direitos, tanto quanto a gente. Aliás, o preconceito, seja ele étnico, religioso, fenotípico ou social, ainda é um tema que nós não sabemos discutir ao certo.

Eu não me conheço. Estou sendo apresentada a mim mesma aos poucos.

domingo, setembro 24, 2006 4:34:00 PM  

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