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domingo, setembro 10, 2006

A IMPORTÂNCIA DA DESIGUALDADE

ECONOMÍA

Há alguns anos atrás, ouvi falar que se toda a riqueza do mundo fosse dividida entre cada um de seus habitantes, cada um ficaria com nada menos do que 20 milhões de dólares.

Após retransmitir a mensagem, o mais comum era ouvir:
- 20 milhões de dólares!
- Onde estão os meus 20 milhões de dólares?
- Com 20 milhões de dólares, eu pararia de trabalhar...
- Eu tomaria esse dinheiro todo de cachaça.

Nesse momento é que você para e pensa no quão é importante a desigualdade. Já pensou se fôssemos todos iguais, cada um com seus 20 milhões de dólares? Pra começo de conversa, ninguém vai querer mais ser peão. Ninguém precisa mais trabalhar!

Mas é aí nesse precisar trabalhar onde mora a produtividade, desde os tempos antigos. Se todo mundo fosse igualmente rico, não haveria quem fosse querer construir o castelo do rei, quem fosse parafusar os automóveis da fábrica de Henry Ford, e nem quem fosse querer ralar no sol quente, semeando e colhendo o que os outros é que vão comer. O que aconteceria com a cadeia produtiva?

Um caos. Caos que remete à histórica crise de 1929, que é um fiel retrato do que acontece com uma economia capitalista quando se há uma reclusão na produtividade. Uma reação em cadeia de proporções macroeconômicas. E dizem rumores que, a partir deste ano, muita gente teria descoberto que investir na bolsa de valores era mais negócio do que trabalhar. Uma grande paulada na cabeça na produtividade, que, de consequência, pode causar crises em todos os setores da sociedade, inclusive os mais vitais como o agrícola, o farmacêutico, e o energético.

O paradoxo já começa onde, se não houvesse toda essa “peãozada” - da qual obviamente eu faço parte - no mundo para produzir riqueza, esta última, naturalmente, não existiria. Devemos honrar que, se hoje temos uma proporção per capita de 20 milhões de cifras norteamericanas, é porque houve no mundo muito dispêndio coordenado de mão de obra com este objetivo. Riqueza, como eu já disse, não vem do dinheiro. Até porque o dinheiro por si só, é nada mais do que um pedaço de papel bonito.

Riqueza vem da produtividade, no sentido de se produzir itens que sejam úteis ou necessários ao homem, inclusive a você. Pense em tudo que está ao seu redor: comida, roupas, copos de vidro, ventiladores, energia elétrica, música, Internet, livros, cimento, serviços de limpeza, saúde e saneamento básico. É desses itens que estamos falando quando mencionamos riqueza. E os 20 milhões de dólares, neste sentido, são apenas uma maneira de mensurar riqueza por meio de uma unidade - monetária - compatível com o nosso senso de valor econômico, tanto quanto o sistema métrico parece adequado para se medir distâncias.

Se riqueza vem da produtividade, produtividade vem do trabalho que, como vivemos num mundo capitalista, é, infelizmente, conseqüência de desigualdade social. Desigualdade, tanto no sentido da motivação por um crescimento profissional às vezes ilusório (ex.: peão rala sonhando em virar chefe), quanto, principalmente, no sentido de se estar numa situação onde se precise arrecadar, com trabalho, dinheiro para sustentar as suas necessidades e anseios.

Pois bem, a filosofia é toda essa. Num sistema capitalista e livre, desigualdade é o que gera necessidade, que gera trabalho, que por sua vez gera riqueza. Só não se deve confundir desigualdade social com miséria. Desigualdade precisa ser diminuída, mas não extinta, porque senão o mundo entra numa crise irreparável. O que deve ser extinto é a miséria.

31 Puedes hablar:

Blogger Babs said...

Concordo com quase tudo que foi dito.

Não sei se creio realmente na necessidade de desigualdade, entretanto imaginar uma sociedade sem esta tal desigualdade é extremamente utópica sequer para sonhar com sua implantação.

A verdade é que nem todos querem muito de verdade .

Desejar no plano das idéias é bem diferente que trabalhar de acordo com os desejos e ambições.

Não creio também que a humanidade está preparada para sentir o desejo de evoluir apenas pelo simples prazer de melhorar, a maioria sente uma necessidade muito forte de estar "ganhando alguma coisa com isso", como se o próprio conhecimento e experiência já não fossem boas o suficiente.

É triste mas é real.

segunda-feira, setembro 11, 2006 12:49:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Que engraçado!!!
Portanto sobram 20 milhoes para cada um, mas o dinheirinho tá na mão só de alguns.
Será que alguem foi explorado? Será que alguem produziu 10, recebeu 5 e o produto foi vendido por 20?
Alguem tem que fazer o castelo do rei. Quem é o Rei? É você?
Alguem tem que apertar o parafuso na linha Taylorista. Do seu carro?
Alguem tem que semear e colher. Para você comer?
"peaozada" é o mesmo que "engenheirada"???
A tal "peaozada" vai produzir riqueza para quem? Para si?
Dinheiro não passa de papel bonitinho? Qual? O seu?
Será que você conhece o valor do dinheiro?
Alguma vez passou fome ou necessidade para conhecer a cor do dinheiro?
Peão quer virar chefe.
Será que voce não quer ser chefe?
Será que voce, não quer ser o Chefe do peão??
Porque não pode o Peão, aspirar a ser chefe?
Tá com medo que ele depois não colha para você comer?
Não será legitimo, aspirar ir mais longe?
Porque será que alguns aspiram fazer um Mestrado e um Doutoramento? Será que querem ir mais longe?
Desigualdade gera necessidade; trabalho; riqueza. Muito bem!
Será que a "peaozada" tem necessidade e direito a comer como a "engenheirada"?
O Trabalho não é um dos Direitos do Homem?
A desigualdade gera Riqueza.Para quem? Em que moldes? Explorando quem trabalha?
Desigualdade precisa ser diminuída.
Até onde??? Qual a bitola para parar a desigualdade? "peaozada" comendo com talher de plástico e "engenheirada" comendo com talher de Prata?
A quem interessa a desigualdade??? Tá com medo de perder previlégios?
Tá com medo de não ter peão, para plantar para si? Porque não planta você?
Será que você é melhor que peão?
Acabar com a miséria. Claro que sim!
Mas será que é isto que você quer? Ou será só atenuar?
Repare - Acabando com a Miséria, dando o direito ao trabalho, a condiçao de vida daqueles a quem voce trata por "peaozada" melhora substancialmente.
Quando a condição de vida melhora, porque as pessoas são pagas pelo seu trabalho (preferencialmente de uma forma justa, as desigualdades sociais tendem a desaparecer. Será isso que você quer?
Cuidado! Olhe que a "peaozada" aí vai ter dinheiro para carro e marisco! Será isto que voce quer???
Quer mesmo acabar com a miséria???
Sabe, a arrogancia e desprezo com que fala dos outros, só me faz dizer que, a desigualdade social, não tem problema nenhum, mas quando você for um peão ou mesmo um sem abrigo. Aí, de certeza que sabe daquilo que está a falar. Até lá, tente ser inteligente. Tente ter respeito por quem passa fome!!!
Tenha respeito pela dignidade humana!
Já ouviu falar disso?

segunda-feira, setembro 11, 2006 8:20:00 PM  
Blogger Unknown said...

Em primeiro lugar, olá.

Cordialidade.

Que tal se identificar?

segunda-feira, setembro 11, 2006 11:29:00 PM  
Blogger Unknown said...

Claro, Mamy! :)

segunda-feira, setembro 11, 2006 11:34:00 PM  
Blogger Unknown said...

Meus caros,

No intuito de evitar meias-interpretações - como a da pessoa anônima que teceu os comentários desagradáveis acima - decidi fazer a seguinte alteração no texto:

(...) se não houvesse toda essa “peãozada” no mundo para produzir riqueza (...) (linhas 21 e 22)

passa agora a ser

(...) se não houvesse toda essa “peãozada” - da qual obviamente eu faço parte - no mundo para produzir riqueza (...)

terça-feira, setembro 12, 2006 1:29:00 AM  
Blogger Unknown said...

Caro(a) anônimo(a),

Vou responder aos seus comentários, tentando ser o menos sarcástico possível:

terça-feira, setembro 12, 2006 2:28:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Que engraçado!!!
Portanto sobram 20 milhoes para cada um, mas o dinheirinho tá na mão só de alguns.”

Como eu disse no texto, não estamos falando de dinheiro. Estamos falando de riqueza. Eu ficaria mais feliz por você, se você tivesse compreendido a diferença. Seria um sinal de que você interpreta bem os textos que lê.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:13:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Será que alguem foi explorado? Será que alguem produziu 10, recebeu 5 e o produto foi vendido por 20?”

Seja você quem for, eu espero nunca lhe ver abrir um negócio que tenha pelo menos um empregado.
Até porque no dia que eu te ver operando este negócio e ver você faturar um mísero centavo acima do salário de seu empregado, eu vou te apontar um dedo e te chamar de explorador(a).
Pregar é muito fácil. Dar exemplo é uma outra estória.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:14:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Alguem tem que fazer o castelo do rei. Quem é o Rei? É você?”

Infelizmente eu não sou o rei. E duvido muito que você esteja feliz por não ser.
Aliás, seu discurso lembra muito o do indivíduo que se vale do termo “justiça” para repudiar o fato de estar no lado ruim da balança. O clamor por justiça, no fundo, é clamor por estar no lado desprivilegiado.
Ou senão, porque tamanha ênfase na raiva que você tem ao luxo e à soberba?

terça-feira, setembro 12, 2006 10:14:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Alguem tem que semear e colher. Para você comer?”

Você não come? Nossa, que chocante! :)

terça-feira, setembro 12, 2006 10:14:00 PM  
Blogger Unknown said...

“"peaozada" é o mesmo que "engenheirada"???
A tal "peaozada" vai produzir riqueza para quem? Para si?”

Pois bem. Mais uma vez eu vou explicar, já que não dá pra desenhar.
O que eu estou falando como riqueza, diz respeito à produção de itens que possuem valor de uso e de troca.
E você, com teimosia e inconseqüência, desfruta da riqueza produzida no mundo em praticamente todos os momentos de sua vida, seja enquanto come sua comida em talher de plástico, seja enquanto faz uso da Internet para tentar me denegrir. E parece estúpido(a) o bastante para não perceber ou não dar valor a isso.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:15:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Dinheiro não passa de papel bonitinho? Qual? O seu?
Será que você conhece o valor do dinheiro?”

Mais uma vez você demonstra, além de má interpretação dos textos que lê, ou um grande desconhecimento sobre o assunto que profere. Sugiro melhorar seu entendimento: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro

terça-feira, setembro 12, 2006 10:16:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Alguma vez passou fome ou necessidade para conhecer a cor do dinheiro?”

Fome tem a ver mais com miséria do que com desigualdade social. Você deveria procurar saber primeiro a diferença, antes bancar a defensora dos pobres e das causas humanas.
Mas já que você tem conhecimento de causa, aproveite o espaço aqui e conte sua triste estória de vida para nós.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:16:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Peão quer virar chefe. Será que voce não quer ser chefe? Será que voce, não quer ser o Chefe do peão?? Porque não pode o Peão, aspirar a ser chefe?”

Você tem certeza que entendeu o contexto da frase que está atacando, ou fez mais outra “leitura dinâmica”?

terça-feira, setembro 12, 2006 10:16:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Tá com medo que ele depois não colha para você comer?”

Por falar em medo, eu assinei o meu texto. Meu nome é Fabricio Mota. E o seu?

terça-feira, setembro 12, 2006 10:16:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Não será legitimo, aspirar ir mais longe? Porque será que alguns aspiram fazer um Mestrado e um Doutoramento? Será que querem ir mais longe?”

Só pra lhe lembrar, dentre itens que compõem a educação que se aspira para ir mais longe, estão: a boa interpretação do que se lê, (algum) conhecimento de história e economia do mundo.Ser cordial num primeiro contato com as pessoas também faz parte de educação.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:17:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Desigualdade gera necessidade; trabalho; riqueza. Muito bem!
Será que a "peaozada" tem necessidade e direito a comer como a "engenheirada"?”

Mais uma vez você confunde desigualdade com miséria.
E se vale de uma má interpretação para depositar aqui todo o seu rancor. No fundo, você não está nem um pouco preocupada com a miséria, mas sim com a sua própria desigualdade.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:17:00 PM  
Blogger Unknown said...

“O Trabalho não é um dos Direitos do Homem?
A desigualdade gera Riqueza.Para quem? Em que moldes? Explorando quem trabalha?”
Desigualdade precisa ser diminuída.
Até onde??? Qual a bitola para parar a desigualdade? "peaozada" comendo com talher de plástico e "engenheirada" comendo com talher de Prata?”
Seu discurso pseudo-humanitário esconde o gato com o rabo de fora. E é muito desonesto. Você se escora no argumento da miséria para no fundo se queixar de carro, mariscos e talher de prata. Manipulação de argumentos.
Qual das duas cenas te incomoda mais? Ver o povo passando fome, ou ver a “engenheirada” comendo de talher de prata?
(Não precisa responder, entendeu?? Isto é uma pergunta que não precisa responder!).

terça-feira, setembro 12, 2006 10:18:00 PM  
Blogger Unknown said...

“A quem interessa a desigualdade??? Tá com medo de perder previlégios?”

A questão é bastante simples: se você não me conhece, e não conhece minha história de vida, talvez fosse mais prudente ter ficado calado(a).

terça-feira, setembro 12, 2006 10:18:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Ta” com medo de não ter peão, para plantar para si? Porque não planta você?
Será que você é melhor que peão?”

Não sou melhor do que nenhum outro peão. Sou um peão como outro qualquer, que almeja um futuro melhor para meu país, e em primeiro lugar, para mim.
E você, além de carro, marisco e talheres de prata, o que mais almeja?

terça-feira, setembro 12, 2006 10:18:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Acabar com a miséria. Claro que sim!
Mas será que é isto que você quer? Ou será só atenuar?”

Como eu já disse, você se mostra uma pessoa preconceituosa, do tipo que lê um texto ou ouve um comentário, e interpreta-o como seu lado revolto quer interpretar.
Não vou desenhar o que eu quis dizer para você. O texto é para quem sabe ler.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:18:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Repare - Acabando com a Miséria, dando o direito ao trabalho, a condiçao de vida daqueles a quem voce trata por "peaozada" melhora substancialmente.”

Ah, que lindo seu pensamento. E que prático, não é!? Então vamos... O que você faz pelos desempregados? Faça a sua conversa bonita valer.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:19:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Quando a condição de vida melhora, porque as pessoas são pagas pelo seu trabalho (preferencialmente de uma forma justa, as desigualdades sociais tendem a desaparecer).”

Que sublime... Onde você leu isso? Alice no País das Maravilhas, ou no programa eleitoral gratuito? Discurso vazio.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:19:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Será isso que você quer?
Cuidado! Olhe que a "peaozada" aí vai subir e ter dinheiro para carro e marisco! Será isto que voce quer???”

No dia em que toda a peãozada inteira se qualificar visando posições como às quais se refere, eu particularmente vou ser mais feliz porque viverei num país melhor. Não parece ser o seu caso.
Até porque, não sei se você sabe – e receio que você não saiba – um dos fatores que mais contribuem com o desenvolvimento social e econômico de um país é a educação.
E, vale lembrar, ler e interpretar bem os textos, bem como pesquisar, são boas formas de educação.
Pelo teor dos seus comentários, vejo que a idéia de ter dinheiro para carro e marisco lhe preocupa mais.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:19:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Sabe, a arrogancia e desprezo com que fala dos outros, só me faz dizer que, a desigualdade social, não tem problema nenhum, mas quando você for um peão ou mesmo um sem abrigo.”

Mais uma vez, você mostra que não sabe muito bem a diferença entre desigualdade e miséria. Quando se fala em viver sem abrigo, está se falando em miséria, e não em desigualdade.
Se você mesmo(a) desse valor ao seu próprio discurso, e se sua causa fosse nobre, você teria assinado seu próprio texto.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:20:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Aí, de certeza que sabe daquilo que está a falar. Até lá, tente ser inteligente.”

Obrigado pelos votos de inteligência. Mas eu só espero que você não esteja se usando como modelo para mim. Até porque seus ardis comentários têm muito mais de preconceito, de desprezo, e até de um pseudo-humanismo, do que de inteligência.
A não ser, é claro, que você também confunda o conceito de inteligência. O que eu já não duvido mais (também, depois de tanta bobagem...)

terça-feira, setembro 12, 2006 10:20:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Tente ter respeito por quem passa fome!!!”

Aqui você consegue reunir teimosia e ignorância.
Você não leu sobre a falta de respeito por quem passa fome em nenhum lugar no texto. Deveria ter humildade para reler, interpretar melhor, e admitir isso. No entanto não teve. Isto é teimosia.
E enquanto eu estou falando da história e dos processos econômicos do mundo, você está cegamente tomando as dores. Isto é ignorância.
Acho, portanto, bastante irônico da sua parte me chamar de arrogante.

terça-feira, setembro 12, 2006 10:20:00 PM  
Blogger Unknown said...

“Tenha respeito pela dignidade humana!
Já ouviu falar disso?”

Dignidade, no dicionário, fala em respeitabilidade, elevação de sentimentos, honraria. Autoridade moral. (Pode olhar! Está lá: http://www.priberam.pt/DLPO). São qualidades que, com sua postura intolerante, áspera e preconceituosa, você não demonstrou ter. Seria mais nobre da sua parte dar exemplos, ao invés de fazer julgamentos.
E mais uma vez, antes de se usar de pregação de falso moralismo para despejar a sua raivosa insatisfação, procure:
1) Ser educada, e demonstrar em si as qualidades que cobra dos outros. Afinal de contas, você parece ter a pretensão de ser exemplo.
2) Saber interpretar o que lê. Tem cursos e métodos sobre isso de sobra na Internet. Sugiro usar o E-mule.
3) Pesquisar antes sobre o assunto que estiver falando, evitando com isso dar “pedradas”. Pra começar, sugiro o Wikipédia: http://pt.wikipedia.org

terça-feira, setembro 12, 2006 10:21:00 PM  
Blogger Unknown said...

Não, menina. Não concordo com isso.

No sistema capitalista é necessária a desigualdade, mas não a injustiça social.

Desigualdade e injustiça não são a mesma coisa.

Por exemplo: Imagine quee você rala sua vida inteira trabalhando e estudando pra ter uma vida mais confortável. Aí você encontra aquele amiguinho seu de infância, que decidiu seguir caminhos mais prazerosos e menos frutíferos, e hoje vive numa situação mais infeliz do que a sua.

Isso é desigualdade. Mas não é injustiça.

Mas, de repente, esse seu amigo, vê você, que nasceu no mesmo lugar e teve em tese a mesma criação que ele, e de repente se sente motivado a ter também um crescimento pessoal, e que indiretamente virá a cumprir um papel mais ativo com o desenvolvimento do país.

Isso é um exemplo de como a desigualdade pode motivar o desenvolvimento.

Eu não acredito e nem aceito que a injustiça social é que é o motor do desenvolvimento. Infelizmente, esse tipo de exploração subhumana, às custas da manutenção da miséria e do analfabetismo, parece ser eminente dos países em estado de subdesenvolvimento.

Há alguns dias eu venho refletindo um pouco mais sobre o que seria um sistema ideal.

Mas nada além, na história, serve de exemplo. Socialismo na prática não funciona, e o comunismo, de maneira geral, anda a carroça. E às vezes como é aplicado, castra a liberdade de maneira cruel.

Infelizmente não consigo vislumbrar nenhum sistema fatídico e real além do capitalismo. Principalmente porque a cultura do individual é bem da natureza do ser humano.

Infelizmente, em qualquer um de nós, qualquer motivação de trabalho ao homem que seja "em prol da comunidade" pode até ser grande, mas nunca superará a motivação do "em prol de si mesmo".

sábado, setembro 16, 2006 6:56:00 PM  
Blogger Unknown said...

Eva,

Não há vaga para todos porque não temos desenvolvimento econômico suficiente para abrigar a todos. Pra se gerar desenvolvimento, tem que ter, acima de tudo, muita educação e trabalho.

Pra se ter educação e trabalho, as pessoas - todas elas! - deveriam acreditar que, investindo no seu pontencial produtivo, a situação ficaria muito melhor, para ele e para todos. É um moto-contínuo.

O problema é que tem muita gente pongando nas costas desta ciranda.
E não é só gente de alta cúpula não!

Pode observar que a nossa cultura tem valores distorcidos. É muito comum encontrar gente que queira ganhar "no mole", ao invés de batalhar. Muita gente é confessa no sentido de só trabalhar porque não tem outro jeito.

Quantos querem, mesmo já estando cursando na escola/faculdade, estudar e aprender de fato, pra ter um canudo justo? Vou me reservar sobre este ponto.

Corrupção - pública ou privada - é uma dentre muitas maneiras de pegar a ponga no trabalho dos outros para tirar um trocado com pouco esforço.

Por increça que parível, o problema maior não é nem o "tirar o trocado". É o pouco esforço.

domingo, setembro 17, 2006 11:40:00 AM  
Blogger Unknown said...

Daí, eu posso concluir o seguinte: desenvolvimento é uma exponencial. Para cima ou para baixo. Quanto mais a gente - absolutamente todos - acredita e investe nele, mais ele abre portas para todos.

Quanto menos a gente produz, menos acredita na "situação", ou quanto mais a gente pratica a nada ilustre expressão "jeitinho Brasileiro", mais a gente pende pro buraco.

domingo, setembro 17, 2006 11:52:00 AM  

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