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segunda-feira, setembro 04, 2006

YES - 1969

ÁLBUM

imagem: www.yesworld.com


Este post inaugura uma seção do La Garantía Soy Yo sobre álbuns de bandas, compositores e intérpretes que tecem os fios da história musical do mundo. Devo antecipar que o grande objetivo em se criar uma seção específica para este propósito – ao invés de reaproveitar as seções MÚSICA ou BUENA MÚSICA – é deixar evidente o espírito de unidade que existe nos álbuns.

É frequente se encontrar num disco uma identidade própria, e que o faz se diferenciar até mesmo de outras produções de um mesmo grupo ou artista. Aliás, um gênero que é mestre neste tipo de intenção é o Rock Progressivo. Entretanto, a expressão de um disco como uma obra íntegra e indivisível é muitas vezes despercebida até mesmo por bons apreciadores de música. Minha intenção aqui é, portanto, resgatá-la.

Muitos álbuns de vários artistas são clássicos no aspecto de se terem sido construídos como verdadeiras óperas, a exemplo de The Dark Side Of The Moon e The Wall (Pink Floyd, 1973 e 1979), Close To The Edge (Yes, 1972), ou ainda A Ópera do Malandro (Chico Buarque, 1979). Outros, entretanto, não parecem ter sido inicialmente concebidos com esta intenção - a exemplo de Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carvão (Marisa Monte, 1994) - mas depois de prontos ganharam unicidade e identidade tão marcantes, que mudar até mesmo a ordem das músicas poderia ser prejudicial.

Pois bem. A bola da vez é o Album Yes, do grupo Yes, lançado em 1969 como abertura da carreira da banda. Um disco fantástico, diga-se de início, que, pelo ano de lançamento, os então garotos não só pegaram a ponga do prelúdio do rock progressivo que se anunciava na Inglaterra, como também ajudaram a dar corpo o gênero.

Yes (o Álbum) é, desde Beyond And Before até Survival, um verdadeiro show de originalidade, técnica e virtuosismo. Ele trás muitas características do Jazz, já que este gênero era – e ainda é – a inspiração de muitos músicos apaixonados pela técnica e pelo improviso. Além disso, o uso constante de tríades e tétrades vocais, feitas por Jon Anderson, remete à época em que os Beatles reinavam com suas harmonias de voz.

Em relação à gravação, a qualidade do disco é exata para a época, sem tirar nem faltar. Não soa como futurista e nem como rudimentar. Neste aspecto, Yes Album reproduz com bastante emblemática a era de ouro do áudio analógico, onde o estéreo ainda era explorado como uma novidade. A bolacha também possui boa masterização e excelente mixagem. Tudo nos seus devidos lugares.

Em relação à música em si, o disco consegue não entediar, creio, nem mesmo os não adoradores da música progressiva. Não exagera nas passagens longas. Seus instrumentos também são melódica e harmonicamente bem dosados, de maneira que as composições possuem frases e bordões bem definidos - o que, diga-se de passagem, não é muito fácil de fazer no rock progressivo.

Uma curiosidade é que o Yes regravou uma versão bem arranjada de Every Little Thing (Paul McCartney, 1964) neste disco, que tão bem virou parte integrante do disco que não faz nenhum sentido retirá-la de lá.

3 Puedes hablar:

Blogger Vinnodha O Polêmico said...

é
este assunto não é o meu forte.

segunda-feira, setembro 04, 2006 10:52:00 AM  
Blogger Vinnodha O Polêmico said...

é
este assunto não é o meu forte.

segunda-feira, setembro 04, 2006 10:52:00 AM  
Blogger Babs said...

Prefiro Deep Purple, mas é legal também.

terça-feira, setembro 05, 2006 7:56:00 PM  

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