<body>

terça-feira, janeiro 17, 2006

ESPECIAL DE CARNAVAL

HECHOS Y ACONTECIMIENTOS
Sábado dia 14 de janeiro de 2006.

Havia um palco armado na minha rua há um dia, literalmente de frente para a minha casa, por questão de 20 metros. Estava eu, como de costume, na porta de casa consertando o carro, e me preparando para fugir da provável lavagem do beco ou algo assim que estava por vir.

Parecia estranho, mas um caminhão da TVE rondava o local, montando alguns itens de infraestrutura. Tudo bem, festa é sempre festa. Enquanto um sujeito de visual suspeito tinha a infelicidade ouvir grosserias minhas, ao tentar colher informações sobre “se a lavagem seria boa” (era um pobre vendedor de cerveja), o palco passava o som:

- Passa o cavaquinho.
- Passa o contrabaixo.
- Passa o pandeiro.
- Passa o violão.

Como era de se esperar, pensei: “Lá vem pagode... Mas tudo bem, porque eu não vou mesmo ficar pra ter que aturar isso”.

Mas eis que, para minha surpresa, não era pagode. Era música de carnaval, daquelas que não se ouve mais por aí há pelo menos 20 anos. Música de qualidade. E a TVE estava gravando um especial de carnaval, com uma infraestrutura de gravações que a Saúde não via desde o tempo de Dona Flor e Seus Dois Maridos.

No palco, dezessete músicos das mais diversas idades, mas aparentemente com talento e muito bom gosto, fantasiados, tocavam e faziam coro sobre antigos sucessos como os de Roberto Ribeiro e Chico Buarque de Hollanda. Para mais uma surpresa minha, tocando zabumba lá estava ele, o grande, o inusitado: meu amigo Lucas Rocha.

Na rua não se via um pé de mobral, uma briga, um batedor de carteira, um sujeito mal encarado. Somente pessoas de boa índole, famílias com crianças, idosos, gente de cultura, músicos, enfim, gente de boa fé. E as pessoas que viveram a época pareciam extasiadas com aquilo. Tudo isso na porta da minha casa. Era emocionante demais para ser verdade.

Não hesitei em pedir uma garrafa cerveja no costumeiro bar de Irlanda - até porque, vale lembrar, eu estava na minha área - e tomá-la em tempo recorde.

Acontece que meu bairro é histórico, não só em termos arquitetônicos, mas também na arte da música. Aqui, músicos de grande respaldo reúnem-se periodicamente há dezenas de anos para tocar chorinho pelos bares da minha rua.

E depois eu ainda reclamo.

EXISTE VIDA ALÉM DO PLANETA TERRA?

UFOLOGIA


Eu entendo que é possível que haja vida em outros planetas, já que há uma grande probabilidade de ocorrerem condições propícias às reações orgânicas em outros pontos do universo. As teorias mais acreditadas (como aquelas dos coacervatos que viram aminoácidos na atmosfera primitiva) conduzem a esta hipótese.

Desta maneira, eu entendo que não só a vida tenderia a surgir em outros planetas, mas também ela poderia já ter sido extinta e ressurgido no planeta Terra várias vezes, por as condições serem propícias a, por assim dizer, a química do carbono. Com esta linha de raciocínio, a vida seria tão somente uma propriedade da matéria.

Agora o que eu acho, com o perdão do termo, uma grande sacanagem é a maioria dos Ufólogos ficarem tratando ET's (se é que eles existem e que realmente visitam o nosso planeta) como raças superiores.

Isto significa: porque o anão-de-jardim da cabeça grande, ou seja lá o que for, construiu uma nave em forma de disco, que voa a velocidades ultrassônicas sem produzir estrondos, viola as teorias da inércia e da relatividade (se é que isto é possível), quer dizer que o cosmoturista é um "ser superior"?

Por acaso esse pessoal realmente sabe como é a vida deles? A organização deles em sociedade? Como é a exploração do trabalho lá? Sabem também o que eles comem, a forma de governo e que tipo de políticas social e econômica eles praticam?

Não sabem. Simplesmente adoram-no, ansiando um dia poderem ser abduzidos e experimentarem novas experiências, já que as que eles vivem aqui não parece estar agradando muito.

Pra mim isso tudo tem nome. Chama-se complexo de inferioridade.

sábado, janeiro 14, 2006

A PIADA DO ANO

POLÍTICA
A piada do ano, como não podia ser diferente, saiu do Correio da Bahia. E foi escrita por um jornalista que sequer teve a - ou se sentiu na - importância de assinar a matéria, apesar de eu muito procurar o nome do bendito. A grande piada, na verdade, é o Correio da Bahia tentando pregar moralismo sobre desvencilhar jornalismo de partidarismo.
Pra quem não sabe, o Correio da Bahia é um jornal do grupo Rede Bahia, pertencente a Antônio Carlos Magalhães Júnior e família. O seu conteúdo jornalístico - sobretudo o das páginas sobre política - é resumido em que cada dez palavras no texto, três são Antônio, Carlos e Magalhães; as outras sete são lindo, gostoso, maravilhoso, vitaminado, inteligente, magnífico e sensual. A sua maior função na sociedade é a de vender enciclopédias e brindes para assinantes.
A matéria pode ser encontrada no site do Correio da Bahia. Mas como eu imagino que eles vão tirar logo do ar, segue abaixo o texto na íntegra, com grifos em vermelho nas partes interessantes. A ironia do dito nos trechos na verdade é quem está dizendo.

Jornalismo caolho

Ninguém questiona a opção preferencial do jornal A Tarde pelas oposições, o PT de Nelson Pellegrino em 2004, o PMDB de Geddel Vieira Lima em 2002 - só para lembrar os candidatos do jornal nas duas últimas eleições. Questão de gosto, péssimo gosto. Os baianos, ao contrário - e o resultado das urnas comprovam - preferiram manter longe do poder os aventureiros. Que A Tarde tenha suas preferências, mesmo equivocadas e fundadas em interesses menores, é até compreensível. O que não é aceitável é que distorça fatos, escamoteie a verdade, que engane, desinforme. Além de não contribuir para a formação do cidadão, perde credibilidade, míngua sua importância na sociedade, com a fuga crescente de leitores.

O relato jornalístico da expressão política na Lavagem do Bonfim é um bom exemplo desta distorção. O que foi descrito não guarda nenhuma relação com os fatos, e todos que estavam presentes - inclusive as partes agraciadas - bem sabem. As "oposições ao governo marchando unidas", o Senhor do Bonfim não testemunhou na caminhada de quinta-feira. Só o jornalista do ex-vespertino da Praça Castro Alves enxergou, embora seja também um desejo das forças governistas, pois derrotariam o saco-de-gatos de uma vez, evitando um improvável segundo turno nas eleições.

Mas o fato é que não houve marcha unida da oposição, ao contrário. E o prefeito João Henrique Carneiro, para evitar papagaios-de-pirata e companhias indesejáveis que imaginavam receber um bafejo por conta de sua popularidade, os manteve a distância com uma estratégia prosaica: em vez de caminhar, correu. Perdeu o fôlego, é verdade, mas deixou pelo caminho ex-isto, ex-aquilo e uma dúzia de pretensos candidatos ao futuro.

Já no relato sobre a participação dos políticos ligados ao senador Antonio Carlos Magalhães e ao governador Paulo Souto, o jornalista de A Tarde, com o mesmo objetivo, não enxergou ou ouviu os aplausos, o carinho com que foram saudados pelos populares na Cidade Baixa e na Colina do Bonfim - imagens que foram repetidas exaustivamente nos diversos telejornais. Ao contrário dos fatos, preferiu cair no ridículo e dizer que avistou uma "larga distância" entre os participantes do grupo.

Como dissemos no início, não há porque questionar a opção de A Tarde pelo que há de pior na política baiana. Até porque, só tem acumulado derrotas nas últimas eleições, uma vez que os leitores eleitores não são tolos para se deixar enganar. Mas ao distorcer os fatos, deixa de fazer jornalismo, perde credibilidade e acelera o passo rumo à decadência. É o preço da irresponsabilidade.

domingo, janeiro 08, 2006

GIRO INTERNACIONAL DE NOTÍCIAS

MUY RÁPIDAS

SUJEIRADA

O presidente nacional do PDT Carlos Lupi foi à televisão – obviamente em horário comercial - falar sobre 2006 e, como não podia faltar, falar mal do governo. Prometeu combater a corrupção. Disse que ia acabar com essa sujeirada toda.
Vou aproveitar a oportunidade e sugerir que ele comece pela minha casa, que tá bagunçada demais. Uma faxina cairia bem.

AZIA

Um remédio para azia barato, eficaz e relativamente saboroso me foi indicado por minha sogra hoje. Basta tomar uma colher de creme de leite. O efeito é rápido.

GUITARRA DE SETE CORDAS?

O venerado guitarrista Michael Romeo, fundador e integrante do Symphony X, não toca com sete cordas, como pensávamos eu e muitos. Toca com a afinação DGCFAD que, para minha surpresa, é bastante confortável. Serviu de inspiração.

RANKING DAS GUITARRAS

Aproveitando o gancho do assunto, a revista Burnn publicou recentemente a lista dos que seriam os 50 maiores guitarristas de hard and heavy de todos os tempos. Obviamente isto deve ser a opinião dos japoneses.
Para a surpresa de ninguém, mas para a indignação de muitos, no topo da lista está Yngwie Malmsteen. Outras curiosidades nos levam a acreditar em protecionismo e/ou patriotismo, como a injusta ausência de Kiko Loureiro e Eduardo Ardanuy. Também é estranho que o supracitado Michael Romeo apareça só em 13º, e que John Norum venha num notável 6º lugar, à frente de Marty Friedman (9º), John Petrucci (11º) e Satriani (17º), dentre outros. Talvez o tempo de carreira conte muito. Mais informações aqui.

Outra coisa que me soou estranho foi a presença de Kirk Hammet e Slash nessa lista de 50. Espero que os fãs deles não levem para o lado pessoal, até porque melhor ou pior é sempre uma questão de opinião.
Na próxima eleição – se houver, é claro - vou sugerir que o Chimbinha também concorra.