O VALOR DA EDUCAÇÃO
EDUCACÍON
Acabei de ler um post no blog da minha querida amiga Bárbara, que desencadeou um assunto polêmico, mas que me é interessante, sobretudo pelo meu papel de docente: as recentes mudanças na nossa estrutura educacional. O fato é que, com o advento de novas faculdades, curso superior tem cada vez mais cruzado a fronteira da educação para o comércio.
Em se tratando de objetivos, é uma grande verdade que os empregos disponíveis aos profissionais de nível superior estão cada vez mais disputados. E o salário médio absoluto, mais baixo. Mas devemos levar em conta que o número de profissionais formados está aumentando gradativamente. Com o advento de novas faculdades - a chamada porteira aberta, por alguns críticos mais venenosos - este número de profissionais de nível superior tende a aumentar explosivamente. O resultado disto a gente vê por aí.
Mas eu gostaria de trazer aqui duas considerações importantes sobre este assunto, uma negativa e outra positiva: a primeira delas é que, no meu entender, o maior culpado da concorrência de mercado de trabalho somos nós mesmos, profissionais de nível superior. A questão é que impregnamos muito a cultura do "trabalhador assalariado" nas nossas cabeças, ao mesmo tempo que os terrores da vida empreendedora e as suas inseguranças nos tem posto à distância.
A grande verdade é que, falando em termos macroeconômicos, não há como se esperar um crescimento econômico significativo - que de volta significaria melhores empregos, salários e qualidade de vida para todos, principalmente ao profissional de nível superior - sem se pensar em empreendedores. Até porque, quem de fato estimula a economia a crescer é a produção, e produção sugere, de cara, empreendedorismo. E aí, vem o velho ciclo-vicioso do não-desenvolvimento novamente.
Um outro ponto que vejo na conjuntura - este, porém, positivo - é que esta indústria de formação de profissionais de nível superior, como chamada por uns, e que eventualmente pode vir a formar diplomados de qualidade profissional duvidosa, como alertado por outros, ainda se reflete num estado que, em geral, é bom para a nossa sociedade.
O que não se leva em conta é que, por pior que seja uma faculdade, por pior que seja seu programa de curso, ou por pior ainda que seja a qualidade do seu ensino, o profissional por ela formado ainda será, tecnicamente e intelectualmente, mais bem qualificado do que se por ela não tivesse passado. Educação é um recurso nobre. E por menor ela seja, nunca será pior do que a sua ausência.
Mas educação, em sua suma qualidade, é acima de tudo função dos valores que estão impregnados na moral de cada um. É uma conjuntura composta principalmente por força de vontade, em trazer a cultura e os seus valores para dentro da sua própria realidade. E a própria Bárbara, autora do post que desencadeou este assunto, é uma prova humana disto.
Mas educação, em sua suma qualidade, é acima de tudo função dos valores que estão impregnados na moral de cada um. É uma conjuntura composta principalmente por força de vontade, em trazer a cultura e os seus valores para dentro da sua própria realidade. E a própria Bárbara, autora do post que desencadeou este assunto, é uma prova humana disto.
Com a licença que sei que ela me daria pra falar, é muito difícil pra qualquer um que venha a conhecer Bárbara e à sua visão de mundo, sua amplitude e pluralidade de conhecimento, e à sua segurança no que afirma, acreditar que ela não possui formação. Aliás, muita gente formada - faço grande questão de ressaltar isto - seria muito mais feliz se tivesse ao menos um terço da cultura dela.
4 Puedes hablar:
Nossa Fabrício, que honra! Não apenas o elogio, mas ter sido, através de meu texto, a inspiração para o seu!
Bem, concordo que uma faculdade ruim ainda é melhor que nenhuma. Porém me aprece de uma lógica cretina assistir tantos "suarem" para pagar uma faculdade, sem contar o próprio esforço logístico de frenquentá-la, e no fim possuir um diploma pouco reconhecido.
Mas, por outro lado, te dou razão novamente, é melhor fazer essa faculdade que esperar quase uma vida, e desperdiçar não só o tempo mas também recursos, para entrar numa disputadíssima vaga pública. Vestibular já é outro problema. Não necessariamente quem passa no vestibular é o mais adequado para aquele futuro emprego, mas parafraseando Churchill e sua frase sobre democracia: "Vestibular é a pior forma de admissão em uma faculdade, à exceção de todas as outras"
Essa estória de dispensar docente virou moda aqui em Salvador.
Depois que cursos de algumas faculdades foram reconhecidos pelo MEC, elas não acharam mais interessante manter os mestres e doutores que contrataram para impressionar o ministério.
concordo plenamente com a questão da faculdade ruin ser melhor do que nenhuma,mas espero que nem sempre seja assim.
em relação ao empreendedorismo, o brasileiro se acomoda demais com a paternalização do governo, outro dia eu ouvi uma coisa extremamente imbecil, numseiquem khalil, dizer que o governo federal deveria patrocinar a moda do Brasil.
outra coisa que eu acho muito atrasada em nosso país é a questão do "ensinar a pensar". enquanto em países mais avançados a metodologia científica é ensina entre a quinta série e o segundo grau, aqui só se dá algumas pinceladas desta matéria tão importante no ensino superior!!!
A pedagogia brasileira tambem está na idade da pedra, enquanto Glen Doman dá show de desenvolvimento mental nos alunos dos países ricos, aqui ainda encontramos doutores esclerosados, frustrados e fracassados defendendo idéias de um metodo educacional do século XIX.
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