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quinta-feira, setembro 22, 2005

O DESEJO E O PRAZER

COMPORTAMIENTO HUMANO
Toda e qualquer ato praticado por um ser humano, sugere-se ser motivado por pelo menos um destes dois ingredientes: desejo e prazer. Ambos, se não me engano, têm relação com fenômenos químicos que ocorrem no organismo, tais como liberação de endorfinas.
O desejo se entende pelo que antecede o ato. Em nível inconsciente, parece ser uma força oriunda das estratégias da vida, cujo objetivo é consumar o ato a que se destina. Em nível consciente, soa como a presunção - provavelmente provinda de experiências anteriores - de que o ato proporcionará prazer.
Graças ao desejo, a vida - com a sua misteriosa evolução, de explicação coerente, porém incompleta, formulada por Darwin - é capaz de perdurar, fazendo com que os animais se alimentem, e se perpetuar, fazendo com que os animais se reproduzam. O prazer, diferentemente, é o que sucede o ato ou acontece durante. O prazer pode provocar desejos. Os desejos normalmente dão prazer.
Desconheço o ato, humano, que não seja praticado por forças do desejo ou do prazer. Qualquer ato altroísta é motivado por, no mínimo, o prazer de fazer bem a um semelhante. Qualquer oração subentende o desejo de conquistar algo em vida ou após ela, promover alguma situação desejada, ou o prazer de servir ao deus em questão. Todo ato que não parecer despertar desejo a priori, e nem proporcionar prazer in fine, proporcionará prazer em algum momento posterior.
Brigar e atacar um inimigo, num momento de raiva, dá prazer. Desperta desejos, por menos nobres que possam ser considerados. Dar uma bronca, fazer uma fofoca, superar um semelhante, conseguir alguma vitória, dá prazer. Alguém tem dúvida disso?
De igual maneira, a falta de desejo e de prazer na vida de um ser humano - imagino eu - sob determinadas doses, frequências ou intensidades, pode provocar distúrbios, anomalias, ou estados psicológicos, no mínimo, indesejáveis. Ou mesmo desprazerosos. Com o perdão do trocadilho.
Estudos dos fenômenos ligados ao desejo e ao prazer poderiam ser úteis na compreensão do ser humano, na política e nas relações humanas, nas negociações e nas relações econômicas, no tratamento e acompanhamento psicológico, na disciplina, e sobretudo na educação.
É importante considerar o grau de desejo e de prazer que todo ato carrega. Poderia ser válido educar a sociedade findando-se nestes dois pilares. O correto poderia ser muito mais intuitivo se desejado. E mais garantido, se prazeroso.

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