<body>

domingo, abril 02, 2006

HIPNOSE - II

PSICOLOGÍA Y PSICOANÁLISIS

PARTE II - REGRESSÃO DE MEMÓRIA

Outra aplicação da hipnose está na regressão de memória. Consiste em, por meio de comandos verbais, fazer a pessoa regredir nas lembranças no sentido inverso do tempo, fazendo-na ver ou viver novamente as situações da ocasião. É possível regredir uma pessoa até a idade intra-uterina, e remetê-la às sensações que tinha dentro do útero da mãe.

Com a regressão de memória, em muitos casos, a pessoa passa a ter um comportamento que lembra a idade mental da época em que regrediu. Por exemplo: induzindo uma pessoa a regredir aos seus 4 anos de idade, é comum que ela tenha o seu vocábulário, raciocínio e reações com o mundo reduzidos. Desenhos feitos por pessoas em transe regredidas a esta idade denotam traços bastante rudimentares. A escrita também fica bastante rudimentar.

Regressão de memória é muito utilizada hoje para tentar identificar ou atenuar efeitos de um trauma, ocorrido num momento anterior da sua existência, e que traga algum tipo de efeito negativo à sua qualidade de vida hoje. A idéia é quase sempre identificar a origem do trauma, para poder melhor tratá-lo - muitas vezes, também por meio da própria hipnose.

Um polêmica espécie de regressão de memória é a chamada regressão a vidas passadas. Nela, a pessoa retorna a sua consciência ao que supostamente seria uma encarnação anterior. Daí você percebe mudanças claras de tom de voz, de gestos, de cenários avistados, de sensações, etc.

Certa vez hipnotizei uma pessoa que se queixava de uma certa claustrofobia. Retornei ao que seria uma "vida passada", onde ele dizia ser um soldado Coreano, de nome "Kaio", que teria caído num buraco tempos antes de ser explodido lá dentro com uma granada.

Gostaria de salientar que, na minha opinião, regressão a vidas passadas é remeter a consciência a uma vida ilusória, fruto do poder de imaginação inconsciente.

O ASTRONAUTA BRASILEIRO

ASTRONOMÍA Y ECONOMÍA

Vejo muita gente criticando o governo por investir R$10 milhões no programa espacial que levou Marcos Pontes ao espaço, com experimentos, segundo os próprios críticos, "inúteis e que não trazem nenhuma relevância à ciência no nosso país".

"Poderiam investir este dinheiro aqui na Terra, por exemplo, enchendo a barriga das pessoas que passam fome". Como se 10 milhões fosse significar alguma coisa para a barriga dos famintos por algum tempo relevante! Só para lembrar, programas como o bolsa-família custam aos cofres públicos algo na ordem de bilhões de reais por ano.

Já notaram que é da nossa estirpe cultural a falta de auto-estima e de zelo à nossa nação? Sempre criticamos tudo e todos no nosso país - ao mesmo tempo que a maioria dos Brasileiros, com o perdão do termo, "baba os ovos" de tudo e todos que vêm de fora - como se não fizéssemos parte do Brasil! Ou pior, como se estivéssemos aqui, nesta "espelunca", por acidente!
É por causa de pensamentos deste tipo, coletivos, que tendemos a ficar na merda.

Eu sou totalmente a favor do investimento do Brasil em programas espaciais como este que levou Marcos Montes à estação espacial MIR. Há décadas, um dos grandes ícones de desenvolvimento e superpotência de uma nação é a participação ativa de programas espaciais.

Economia e marketing andam juntos. Impulsos econômicos são muitas vezes movidos por idéias simples, e por vezes aparentemente inúteis. Fazer uma nação crer em seu potencial econômico - mesmo que no começo seja puramente simbólico - é fazê-la acreditar em sua própria capacidade. Aumentar a sua auto-estima. Isto possui um efeito bastante positivo para a economia. Também ajuda a convencer as outras nações da soberania do país em questão, trazendo investimentos estrangeiros e parcerias comerciais.

Economia é sutil. É movida por fenômenos de interesses coletivos, que são construídos a partir de interesses e crenças individuais. E não podemos nos esquecer que interagindo com estes interesses e crenças coletivos, indiretamente impactamos na economia.

Um dos fatores econômicos que mais levam um país à merda é fazer os seus membros se convencerem de que tudo está na merda. Se está tudo na merda, então ninguém se motiva a nada. Se ninguém se motiva a nada, ninguém produz nada, então por ciclo vicioso, na merda estamos, e na merda continuaremos.

Link interessante:
http://www.marcospontes.net/maina.htm

O VALOR DO DINHEIRO

ECONOMÍA

Com toda a humildade que um indivíduo da minha idade e formação deve ter, economia não é uma de minhas habilidades. Naturalmente não. Mas de uma maneira geral, entender economia já não é tão sacrificante quanto foi em outros tempos. Mas devo confessar que eu cometia alguns erros no passado – erros estes que, para minha surpresa, são incrivelmente comuns.

O primeiro pecado que a gente comete é de dar valor ao dinheiro como se ele fosse o grande objetivo econômico (ou seja, o fim, e não o meio). Aliás, a ambição humana leva a isto. Acredito que a grande maioria das pessoas sente ao menos uma coceirinha quando vê um maço felpudo de onças à sua frente.

Acontece que o dinheiro por si só não é absolutamente nada. O seu valor está pura e simplesmente naquilo que ele pode comprar. O dinheiro é apenas um instrumento criado pelas sociedades, através dos governos, visando facilitar o processo de troca. Troca de bens, de serviços, enfim: troca de valores de uma maneira geral. A economia, logo assim, está bastante sustentada no câmbio.

Se remetermo-nos ao passado, veremos que antigamente o homem trocava as coisas. O cara que sabia fazer cobertor precisava consumir sal. O cara que extraía sal das minas sentia frio de noite. Assim, eles trocavam um cobertor por dois quilos de sal. Os dois saíam ganhando. E quanto ao dinheiro? Bem, este só veio depois. Dentre outros motivos, ele veio para facilitar que o cara do cobertor pudesse calçar sapatos mesmo que o sapateiro não sinta frio.

Assim, devemos ter em mente que o dinheiro nada mais é do que um mero instrumento de câmbio. É fundamental que levemos em consideração que o que traz valor econômico numa sociedade (e conseqüentemente, desenvolvimento) é a produção de riqueza. E quando falamos de riqueza, não estamos falando de dinheiro. Estamos falando de tudo aquilo que o dinheiro pode comprar, ou seja, tudo o que tem algum valor - de uso ou de troca - para nós.

Ora convenhamos que, dentro de um universo fechado de mercado, todo o dinheiro que circula ali dentro jamais possuirá valor representativo que seja superior a toda riqueza que ali há: todas as TV’s, geladeiras, livros, feijão, arroz, soja, serviço de limpeza, computadores, água tratada, imóveis, carros populares, artigos de luxo, obras de arte e tudo o que agrega algum valor à sociedade. É óbvio! Como pode o dinheiro valer mais do que tudo o que ele pode comprar?

Assim, desconsiderando o fator de moedas estrangeiras e câmbios internacionais, de nada adianta um determinado país ter produzido muito dinheiro, se ele não produz riqueza. Não produz alimentos, não produz eletrodomésticos, não constrói casas, não constrói escolas, não produz conhecimento. Não produz tecnologia. É na produção de riquezas - e não de dinheiro - que está o verdadeiro crescimento econômico. E um país onde as pessoas e empresas não têm capacitação técnica ou interesse em produzir, jamais irá crescer.

Ora convenhamos que eu, como um infante curioso dos processos do mundo, sempre penava a entender por que a casa da moeda – a “fábrica” de dinheiro – não produzia logo todo o dinheiro que todo mundo precisa para comer, beber, se curar, gastar, e satisfazer todas as suas necessidades e desejos, já que o custo de se produzir dinheiro certamente é menor do que o seu próprio valor!

Mais daí, é tolerável que este mesmo infante dos finais da década de oitenta - com este pensamento solidário, porém rudimentar - não fosse capaz portanto de entender o fenômeno da inflação. Se todo mundo tem dinheiro para gastar, os produtores de artigos de interesse (entenda-se como tudo o que se compra) muito mais provavelmente irão aumentar os seus preços, e não a sua produção.
E depois ainda tem gente que apedreja a nossa política econômica de contenção de demanda...