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domingo, abril 02, 2006

O ASTRONAUTA BRASILEIRO

ASTRONOMÍA Y ECONOMÍA

Vejo muita gente criticando o governo por investir R$10 milhões no programa espacial que levou Marcos Pontes ao espaço, com experimentos, segundo os próprios críticos, "inúteis e que não trazem nenhuma relevância à ciência no nosso país".

"Poderiam investir este dinheiro aqui na Terra, por exemplo, enchendo a barriga das pessoas que passam fome". Como se 10 milhões fosse significar alguma coisa para a barriga dos famintos por algum tempo relevante! Só para lembrar, programas como o bolsa-família custam aos cofres públicos algo na ordem de bilhões de reais por ano.

Já notaram que é da nossa estirpe cultural a falta de auto-estima e de zelo à nossa nação? Sempre criticamos tudo e todos no nosso país - ao mesmo tempo que a maioria dos Brasileiros, com o perdão do termo, "baba os ovos" de tudo e todos que vêm de fora - como se não fizéssemos parte do Brasil! Ou pior, como se estivéssemos aqui, nesta "espelunca", por acidente!
É por causa de pensamentos deste tipo, coletivos, que tendemos a ficar na merda.

Eu sou totalmente a favor do investimento do Brasil em programas espaciais como este que levou Marcos Montes à estação espacial MIR. Há décadas, um dos grandes ícones de desenvolvimento e superpotência de uma nação é a participação ativa de programas espaciais.

Economia e marketing andam juntos. Impulsos econômicos são muitas vezes movidos por idéias simples, e por vezes aparentemente inúteis. Fazer uma nação crer em seu potencial econômico - mesmo que no começo seja puramente simbólico - é fazê-la acreditar em sua própria capacidade. Aumentar a sua auto-estima. Isto possui um efeito bastante positivo para a economia. Também ajuda a convencer as outras nações da soberania do país em questão, trazendo investimentos estrangeiros e parcerias comerciais.

Economia é sutil. É movida por fenômenos de interesses coletivos, que são construídos a partir de interesses e crenças individuais. E não podemos nos esquecer que interagindo com estes interesses e crenças coletivos, indiretamente impactamos na economia.

Um dos fatores econômicos que mais levam um país à merda é fazer os seus membros se convencerem de que tudo está na merda. Se está tudo na merda, então ninguém se motiva a nada. Se ninguém se motiva a nada, ninguém produz nada, então por ciclo vicioso, na merda estamos, e na merda continuaremos.

Link interessante:
http://www.marcospontes.net/maina.htm

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