ESPECIAL DE CARNAVAL
HECHOS Y ACONTECIMIENTOS
Sábado dia 14 de janeiro de 2006.
Havia um palco armado na minha rua há um dia, literalmente de frente para a minha casa, por questão de 20 metros. Estava eu, como de costume, na porta de casa consertando o carro, e me preparando para fugir da provável lavagem do beco ou algo assim que estava por vir.
Parecia estranho, mas um caminhão da TVE rondava o local, montando alguns itens de infraestrutura. Tudo bem, festa é sempre festa. Enquanto um sujeito de visual suspeito tinha a infelicidade ouvir grosserias minhas, ao tentar colher informações sobre “se a lavagem seria boa” (era um pobre vendedor de cerveja), o palco passava o som:
- Passa o cavaquinho.
- Passa o contrabaixo.
- Passa o pandeiro.
- Passa o violão.
Como era de se esperar, pensei: “Lá vem pagode... Mas tudo bem, porque eu não vou mesmo ficar pra ter que aturar isso”.
Mas eis que, para minha surpresa, não era pagode. Era música de carnaval, daquelas que não se ouve mais por aí há pelo menos 20 anos. Música de qualidade. E a TVE estava gravando um especial de carnaval, com uma infraestrutura de gravações que a Saúde não via desde o tempo de Dona Flor e Seus Dois Maridos.
No palco, dezessete músicos das mais diversas idades, mas aparentemente com talento e muito bom gosto, fantasiados, tocavam e faziam coro sobre antigos sucessos como os de Roberto Ribeiro e Chico Buarque de Hollanda. Para mais uma surpresa minha, tocando zabumba lá estava ele, o grande, o inusitado: meu amigo Lucas Rocha.
Na rua não se via um pé de mobral, uma briga, um batedor de carteira, um sujeito mal encarado. Somente pessoas de boa índole, famílias com crianças, idosos, gente de cultura, músicos, enfim, gente de boa fé. E as pessoas que viveram a época pareciam extasiadas com aquilo. Tudo isso na porta da minha casa. Era emocionante demais para ser verdade.
Não hesitei em pedir uma garrafa cerveja no costumeiro bar de Irlanda - até porque, vale lembrar, eu estava na minha área - e tomá-la em tempo recorde.
Acontece que meu bairro é histórico, não só em termos arquitetônicos, mas também na arte da música. Aqui, músicos de grande respaldo reúnem-se periodicamente há dezenas de anos para tocar chorinho pelos bares da minha rua.
E depois eu ainda reclamo.
Havia um palco armado na minha rua há um dia, literalmente de frente para a minha casa, por questão de 20 metros. Estava eu, como de costume, na porta de casa consertando o carro, e me preparando para fugir da provável lavagem do beco ou algo assim que estava por vir.
Parecia estranho, mas um caminhão da TVE rondava o local, montando alguns itens de infraestrutura. Tudo bem, festa é sempre festa. Enquanto um sujeito de visual suspeito tinha a infelicidade ouvir grosserias minhas, ao tentar colher informações sobre “se a lavagem seria boa” (era um pobre vendedor de cerveja), o palco passava o som:
- Passa o cavaquinho.
- Passa o contrabaixo.
- Passa o pandeiro.
- Passa o violão.
Como era de se esperar, pensei: “Lá vem pagode... Mas tudo bem, porque eu não vou mesmo ficar pra ter que aturar isso”.
Mas eis que, para minha surpresa, não era pagode. Era música de carnaval, daquelas que não se ouve mais por aí há pelo menos 20 anos. Música de qualidade. E a TVE estava gravando um especial de carnaval, com uma infraestrutura de gravações que a Saúde não via desde o tempo de Dona Flor e Seus Dois Maridos.
No palco, dezessete músicos das mais diversas idades, mas aparentemente com talento e muito bom gosto, fantasiados, tocavam e faziam coro sobre antigos sucessos como os de Roberto Ribeiro e Chico Buarque de Hollanda. Para mais uma surpresa minha, tocando zabumba lá estava ele, o grande, o inusitado: meu amigo Lucas Rocha.
Na rua não se via um pé de mobral, uma briga, um batedor de carteira, um sujeito mal encarado. Somente pessoas de boa índole, famílias com crianças, idosos, gente de cultura, músicos, enfim, gente de boa fé. E as pessoas que viveram a época pareciam extasiadas com aquilo. Tudo isso na porta da minha casa. Era emocionante demais para ser verdade.
Não hesitei em pedir uma garrafa cerveja no costumeiro bar de Irlanda - até porque, vale lembrar, eu estava na minha área - e tomá-la em tempo recorde.
Acontece que meu bairro é histórico, não só em termos arquitetônicos, mas também na arte da música. Aqui, músicos de grande respaldo reúnem-se periodicamente há dezenas de anos para tocar chorinho pelos bares da minha rua.
E depois eu ainda reclamo.
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